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sábado, 31 de outubro de 2009

Divórcio


Obra: Edmund Blair Leighton

"Para um bom casamento, não é preciso que o homem nem a mulher sejam perfeitos. É preciso apenas que esse homem e essa mulher se empenhem juntos na busca da perfeição."
Senti que deveria falar a respeito do divórcio. Esse é um assunto delicado porque desperta emoções muito fortes nas pessoas por ele atingidas de alguma forma. Alguns vêem a si mesmos ou aqueles a quem amam como vítimas do divórcio. Outros se vêem como beneficiários. Alguns encaram o divórcio como uma prova de fracasso. Outros o consideram a saída de emergência essencial para um casamento.
De uma forma ou de outra, o divórcio afeta grande parte das famílias da Igreja. Seja qual for a sua perspectiva, por favor, ouçam enquanto tento falar claramente dos efeitos do divórcio no relacionamento familiar eterno que buscamos, como parte do plano do evangelho. Falo com preocupação, mas também com esperança.
Vivemos num mundo em que todo o conceito de casamento está ameaçado e onde o divórcio tornou-se corriqueiro. O conceito de que a sociedade tem grande interesse em preservar o casamento para o bem comum, assim como para o bem do casal e dos filhos, foi substituído por muitas pessoas pela idéia de que o casamento é apenas um relacionamento particular consensual entre dois adultos, que termina quando um dos dois desejar.
Países onde não havia a lei de divórcio passaram a adotá-la, e a maioria dos países que já o permitiam, tornaram-no ainda mais fácil. Infelizmente, sob as leis atuais de divórcio sem atribuição de culpa, ficou mais fácil romper um relacionamento conjugal com um parceiro indesejado do que romper vínculos empregatícios com um funcionário que não desejamos mais.
Alguns até se referem ao primeiro casamento como algo “preliminar ou provisório”, como se fosse uma casa pequena em que uma pessoa mora antes de se mudar para outra.
A desvalorização do conceito de que os casamentos são permanentes e valiosos tem conseqüências de longo alcance. Influenciados pelo divórcio dos pais ou pela noção popular de que o casamento é como estar preso a uma corrente com uma bola de chumbo que tolhe a realização pessoal, alguns jovens fogem do casamento. Muitos que se casam sem assumir o total comprometimento estão prontos para abandonar o navio na primeira crise séria.
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Sabemos que muitos de vocês são vítimas inocentes — membros cujo ex-cônjuge quebrou diversas vezes convênios sagrados, abandonou suas responsabilidades no casamento ou recusou-se a cumpri-las por um período maior de tempo. Os membros que passaram por esse tipo de ultraje sabem por experiência própria que existem coisas piores que o divórcio. Quando o casamento morre e não há mais esperança de recuperação, é preciso que haja um meio de terminá-lo.
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Sabemos que alguns olham para trás, para seu divórcio, e lamentam a culpa, parcial ou predominante, que tiveram na separação. Todos os que já se divorciaram sabem a dor que isso traz e precisam do poder de cura e da esperança que emana da Expiação. Esse poder de cura e essa esperança estão à disposição dessas pessoas e de seus filhos.
... Agora me dirijo aos membros casados, especialmente àqueles que estão pensando em divórcio. Exorto-os com veemência, e também aos que os aconselham, a encarar a realidade de que, para a maioria dos problemas conjugais, o remédio não é o divórcio e sim, o arrependimento.
Muitas vezes a causa não é incompatibilidade, mas o egoísmo. O primeiro passo não é a separação, mas a mudança. O divórcio não é o remédio para todos os males, e muitas vezes causa sofrimento duradouro.
Os casais que esperam que o divórcio resolva os conflitos descobrem, com freqüência, que a separação os agrava, pois a situação complexa que se segue ao divórcio — principalmente se casal tem filhos — gera novos conflitos. Pensem primeiro nos filhos. Como o divórcio separa os interesses dos filhos dos interesses dos pais, eles são as primeiras vítimas. Estudiosos da vida familiar dizem que a causa mais importante do declínio atual no bem-estar dos filhos é o enfraquecimento que vem ocorrendo nos casamentos, pois a instabilidade familiar diminui o envolvimento e a preocupação dos pais com relação aos filhos.
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Sob a lei do Senhor, um casamento, como a vida humana, é algo precioso e vivo. Se nosso corpo está doente, procuramos curá-lo. Não desistimos. Enquanto há esperança de vida, procuramos a cura incessantemente. Devemos fazer o mesmo com relação ao nosso casamento e, se buscarmos o Senhor, Ele nos ajudará e nos trará a cura.
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Para evitar a denominada “incompatibilidade”, marido e mulher devem ser o melhor amigo um do outro, ser bondosos e atenciosos, sensíveis às necessidades do companheiro, sempre buscando fazer o outro feliz. Devem ser parceiros nas finanças da família, trabalhando juntos para ajustar seus desejos por coisas materiais.
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É claro que pode haver momentos em que um dos cônjuges falha e o outro fica magoado e sofre. Quando isso acontecer, o cônjuge ofendido não deve pesar na balança apenas a decepção atual, mas também as coisas boas do passado e as perspectivas mais promissoras para o futuro. Não guardem mágoas passadas nem voltem a remoê-las. No relacionamento conjugal, tornar-se cada vez mais amargo é destrutivo; perdoar é divino.
Se vocês já estão chegando ao ponto de um casamento de aparências, peço que dêem as mãos, ajoelhem-se juntos e implorem fervorosamente por ajuda e pelo poder de cura da Expiação.
Suas súplicas humildes, feitas em conjunto, vão aproximá-los do Senhor e um do outro, além de ajudá-los na difícil jornada de volta à harmonia conjugal.
...Seja qual for o resultado ou por mais difíceis que sejam suas experiências, vocês têm a promessa de que as bênçãos de relacionamentos familiares eternos não lhes serão negadas se vocês amarem o Senhor, cumprirem Seus mandamentos e derem o melhor de si.
Se vocês desejam casar bem, então, procurem bem.
Conversas informais com uma pessoa ou troca de informações pela Internet não são suficientes como base para um casamento. Vocês precisam sair juntos e depois namorar de modo cuidadoso, zeloso e consciente. Deve haver inúmeras oportunidades de observar o comportamento do futuro cônjuge, nas mais variadas situações. Os noivos devem conhecer tudo o que for possível sobre a família da qual logo farão parte.
Com tudo isso, devemos estar cônscios de que para um bom casamento não é pre preciso que o homem nem a mulher sejam perfeitos. É preciso apenas que esse homem e essa mulher se empenhem juntos na busca da perfeição.
O Presidente Kimball ensinou: “Duas pessoas prestes a casar-se devem estar cientes de que, para ter a união feliz que almejam, precisam saber que o casamento (…) implica em sacrifícar-se, partilhar ou mesmo reduzir algumas liberdades pessoais. Envolve economias longas e penosas. Envolve filhos que trazem fardos financeiros, de serviço, preocupações e cuidados; mas também envolve as emoções mais profundas e doces existentes."
Élder Dallin H. Oaks 

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