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sábado, 27 de fevereiro de 2010

.Casamento - MELHORAR A COMUNICAÇÃO

 Obra de Sir John Everett Millais
As recomendações a seguir ajudarão os casais a melhorar a comunicação em seu casamento.
Eliminar as Palavras Destrutivas
Durante mais de vinte anos, o psicólogo John Gottman estudou as interações entre casais. Identificou quatro problemas de comunicação que tendem a destruir o casamento:
Criticar: “Atacar a personalidade ou caráter de alguém, (...) em geral atribuindo culpa”.
Desprezar: Insultar ou rebaixar o cônjuge; indicar por palavras ou atos que o considera “estúpido, repulsivo, incompetente, um perfeito idiota”.
Ficar na defensiva: Ficar sempre na defensiva diante de reclamações, críticas ou desdém apresentando desculpas, negando, discutindo, queixando-se ou jogando o problema nas costas do cônjuge, em vez de tentar resolvê-lo.
Isolar-se: Afastar-se física ou emocionalmente do outro quando ocorrer um desacordo, tornando-se uma parede intransponível.
Alguns maridos e mulheres, sem se darem conta, dizem e fazem coisas que os impedem de compartilhar e escutar. Os maus hábitos tornam-se profundamente arraigados após anos de repetição e reforço. 
Às vezes, os problemas são mais profundos e envolvem cônjuges que obstruem intencionalmente a comunicação por causa da ira, pensamentos negativos, frustração pessoal, malícia ou indiferença. Pode ser que esses casais precisem de auxílio eclesiástico e profissional para resolver seus problemas.
Se os cônjuges se depararem com obstáculos de comunicação em seu relacionamento, devem examinar sua maneira de falar um com o outro e o motivo pelo qual falam assim e resolver quaisquer problemas subjacentes.
Além de eliminar formas de comunicação destrutivas, os cônjuges devem aumentar a comunicação positiva.
“[A] proporção mágica é de 5 para 1”, afirmou Gottman.
Quando sentimentos e interações positivos ocorriam cinco vezes mais do que as interações e sentimentos negativos, “era provável que o casamento permanecesse estável”.
Em seu estudo, Gottman verificou que os cônjuges satisfeitos e felizes eram mais positivos um com o outro. Essas pessoas interagiam de modo positivo:
• Demonstrando interesse pelo que o cônjuge tinha a dizer;
• Sendo afetuosos por meio de atos de ternura, andando de mãos dadas e externando amor;
• Mostrando atenção com gestos carinhosos como pequenos presentes ocasionais e telefonemas;
• Demonstrando e externando gratidão, elogiando e manifestando orgulho pelo cônjuge;
• Mostrando que se importavam quando o cônjuge estava com problemas;
• Tendo empatia, mostrando que compreendiam e sentiam o que o cônjuge estava sentindo;
• Sendo tolerantes, mostrando ao cônjuge que aceitavam e respeitavam o que dizia, mesmo quando discordavam;
• Brincando e divertindo-se juntos, sem serem ofensivos;
• Externando alegria quando estavam entusiasmados ou contentes.
Embora o objetivo maior seja eliminar totalmente a negatividade, os cônjuges devem tentar, nesse ínterim, aumentar as interações positivas e diminuir as interaçõesnegativas.
(...)
Usar Boas Técnicas de Comunicação
Os cônjuges podem praticar e consolidar técnicas que os ajudarão a comunicar-se melhor. Ao substituírem velhas formas destrutivas de comunicação por maneiras novas e melhores de relacionamento, criam um melhor ambiente que pode conduzir à mudança de coração descrita no início desta sessão. Contudo, a comunicação bem sucedida envolve riscos. Quando os cônjuges abrem os canais de comunicação, começam
a sentir-se mais seguros para expressar-se em assuntos sensíveis que tinham receio de abordar antes. Podem surgir diferenças e conflitos. No entanto, a dor que resulta disso costuma ser temporária. As feridas da relação começam a sarar quando os cônjuges conseguem compreender e aceitar os sentimentos um do outro. Ao chegarem ao ponto de discutir problemas subjacentes com tato e sensibilidade, os cônjuges serão capazes de resolver os problemas.
As sugestões a seguir ajudarão os casais a melhorar a comunicação.
Mostrar-se interessados e atenciosos quando o cônjuge estiver falando. As pessoas podem demonstrar de modo não-verbal que se interessam mantendo contato visual — sem encarar — e prestando atenção em vez de mostrarem-se distantes ou entediados.
Quando um cônjuge estiver perturbado e precisar conversar, o outro deve deixar de lado seus interesses pessoais e escutar. Se outras obrigações o impedirem, o casal deve combinar para continuar o diálogo logo que possível. 
Ao ouvirem-se mutuamente, os cônjuges devem estar atentos a sua própria linguagem corporal e mostrar que estão escutando ao fazerem sinais com a cabeça ou dizerem “Entendo”, “Hmm hmm” e assim por diante.
O Élder Russell M. Nelson, do Quórum dos Doze, aconselhou-nos:
“Reservar tempo para conversar é essencial para manter intactas as linhas de comunicação.
Como o casamento desempenha um papel primordial na história de nossa vida, merece o horário nobre
!
Fazer perguntas. Um cônjuge pode convidar o outro a exprimir-se fazendo perguntas como: “Parece que há algo que o perturba. Gostaria de falar a respeito?”
Alguns cônjuges tentam evitar conflitos e hesitam antes de dizer o que pensam e sentem, temendo provocar desentendimentos. Por esse motivo, não tratam de assuntos sensíveis. Todavia, é pouco provável que os sentimentos mudem a menos que sejam discutidos. O cônjuge pode ajudar o outro a tocar nesses assuntos delicados fazendo perguntas sobre seus pensamentos e sentimentos com o desejo genuíno de compreender seu ponto de vista. Quando um compreende a perspectiva do outro, ambos podem começar a empenhar-se juntos para achar soluções.
Ouvir ativamente. Os bons ouvintes reformulam de vez em quando aquilo que ouvem. Ao fazerem-no, demonstram interesse e o desejo de compreender a mensagem do interlocutor. Caso tenham entendido mal, o outro poderá esclarecer.
Os cônjuges podem dizer: “Deixe-me reformular o que acho que você disse para ter certeza de que compreendi corretamente”. (Por exemplo: “Você está magoada porque não conversei com você antes de comprar o sofá. Sentiu-se excluída e ignorada. É isso mesmo?” ou “Você acha que quebrei nossa regra de sempre tomarmos decisões importantes juntos quando comprei o sofá e isso a magoou. Entendi bem?”) As pessoas podem repetir o que entenderam do que o outro quiz dizer até que seu interlocutor chegue à conclusão que foi compreendido. Os ouvintes não devem inserir seus próprios preconceitos para passarem uma mensagem. Devem aceitar os pensamentos e sentimentos do outro, em vez de criticá-los ou julgá-los.
Expor as intenções. Ao abordarem um assunto difícil, as pessoas podem primeiro identificar e expor suas intenções — o que querem para o relacionamento, para o cônjuge e para si mesmas. Se suas intenções forem boas, o cônjuge compreenderá que pretendem resolver problemas, não criticar ou reclamar.
Quando surgem problemas no casamento, a pessoa que se sente atingida pode às vezes externar apenas sentimentos negativos ou usar formas de comunicação destrutivas como criticar, desprezar, ficar na defensiva ou fechar-se. Esse tipo de comportamento tende a prejudicar a relação, levando o cônjuge a sentir-se rejeitado, inaceitável, humilhado, triste, magoado ou irado. 
Um método melhor é os cônjugesabordarem um problema com a idéia de que o resolverão, em vez de apenas reclamarema respeito. Portanto, podem começar expondo sua intenção de resolver o problema.
Por exemplo: “Quero que saiba que o amo e que valorizo imensamente nossa relação. Há um problema que precisamos discutir. Desejo que o solucionemos a fim de continuarmos a nos sentir próximos e de bem um com o outro”.
Usar frases na primeira pessoa do singular. As pessoas devem usar frases com o pronome “eu” quando estiverem aborrecidas, em vez de construí-las usando o outro como sujeito.
Uma frase na primeira pessoa do singular externa sentimentos pessoais e explicita as razões por trás deles (por exemplo: “Fico chateado quando o aluguel não é pago em dia e quando os gastos não são lançados no canhoto do talão de cheques”), em vez de jogar a culpa nas costas do cônjuge. As frases com o pronome “eu” mostram ainda que assumimos a responsabilidade pelos sentimentos pessoais (por exemplo: “Estou irritado” em vez de “você me irrita”).
As frases com “você” pressupõem julgamento e costumam transmitir informações distorcidas sobre o cônjuge (por exemplo: “Você é preguiçoso” ou “Você nunca limpa o que suja”). As frases com “você” são um convite ao ressentimento, a posturas defensivas e à retaliação.
 Não ficar na defensiva e concordar com a verdade. As pessoas devem concordar com o que for verdade ao receberem críticas ou acusações. Quando assumem a responsabilidade por seus erros, podem acalmar as discussões e aumentar sua credibilidade.
Caso neguem a verdade, tenderão a intensificar os problemas e se mostrarão fracos e culpados.
Gottman afirmou que a tendência de ficar na defensiva é uma das mais perigosas formas de comunicação destrutiva. Observou que “pode conduzir a espirais intermináveis de negatividade”. Ficar na defensiva inclui negar responsabilidade, lançar mão de desculpas, discordar, criticar, atacar, ser cínico ou sarcástico e lamentar-se.
A atitude contrária consiste em assumir responsabilidade, reconhecer os erros, buscar soluções para os problemas, concordar sinceramente para efetuar mudanças e reconhecer respeitosamente os sentimentos do cônjuge.
Gottman observou que os cônjuges que aprendem a não ficar na defensiva quase sempre melhoram seu casamento:
“A tática mais importante para pôr fim à postura defensiva na comunicação é decidir ter um estado de espírito positivo em relação ao cônjuge e reintroduzir os elogios e a admiração no relacionamento”.
Ao concordarem com a verdade e aprenderem a comunicar-se sem ficar na defensiva, as pessoas podem lembrar-se da eficácia de simplesmente dizerem: “Desculpe”.
Um pedido sincero de perdão diminui os conflitos e abranda a ira e a discórdia.
Elogiar honestamente. Os elogios sinceros melhoram a comunicação e ajudam as pessoas a sentir-se bem. Como Gottman sugeriu, “o fato de relembrar o cônjuge (e você mesmo) que você o admira muito, costuma ter um impacto vigoroso e positivo sobre o restante da conversa”. Esses elogios fortalecem o relacionamento.
Expressar as preferências com clareza. A escritora Susan Page observou que alguns cônjuges passam anos sem externar suas preferências ou expectativas.Algumas expectativas são simples, como levar o lixo para fora de casa ou tirar a mesa depois do jantar; outras são menos prosaicas. 
Page sugeriu que as expectativas não comunicadas podem prejudicar um relacionamento durante anos. Quando suas expectativas não são atendidas, as pessoas tendem a sentir-se decepcionadas, frustradas e iradas, mesmo que não tenham expressado seus desejos ou anseios. Podem até acabar por ficar desiludidas com a relação.
Alguns motivos comuns para não externar os desejos e expectativas incluem pensamentos como: “Ele deveria saber o que quero”; “Ela vai achar que estou criticando”; “Devo contentar-me com o que tenho” ou “Nunca vou ter mesmo o que desejo, então por que pedir?” Contudo, ao pedirem o que desejam, as pessoas mostram que assumem responsabilidade no relacionamento. O processo de pedir costuma fortalecer o relacionamento. Mesmo que um pedido não seja atendido ou crie um conflito, pelo menos trará à questão à baila. Depois de expressa, poderá ser abordada e por fim resolvida.
As pessoas devem usar de bom senso ao pedirem o que desejam, lembrando que nem todas as solicitações são adequadas. Elas devem:
• Definir mentalmente com clareza o que desejam, antes de fazer o pedido;
• Escolher o momento certo para fazer o pedido. É menos provável que o cônjuge seja compreensivo se estiver preocupado com outros assuntos;
• Ser específicas; por exemplo, poderiam dizer: “Poderia levar o lixo, por favor?” em vez de “Eu gostaria que você fosse mais prestativo”;
• Descrever brevemente o pedido sem se desfazer dele como forma de justificá-lo; por exemplo, poderiam dizer: “Eu gostaria de um beijo de despedida antes de ir trabalhar”, em vez de, “Sei que é pedir muito e que às vezes você não está totalmente acordada, mas eu me sentiria melhor se...”;
• Pedir sem fazer exigências. “Você se importaria de...” é uma boa frase introdutória.
As pessoas devem entender que o cônjuge tem o direito de dizer não, principalmente se o pedido for descabido.
Se o pedido parecer adequado e a pessoa tiver fortes sentimentos a respeito e ainda assim o cônjuge o negar, o pedido pode ser formulado de outra maneira. Pode ser que o cônjuge demore para entender o significado e a importância da solicitação.
(...) Se os cônjuges avaliarem e mudarem seus processos de comunicação, tornando-os mais eficazes, resolverão melhor os conflitos e ganharão novas perspectivas que culminarão numa melhor interação.

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