Imagem: Pati Bannister
Pres. MonsonA Liahona Nov2010
Começo contando uma pequena história que ilustra meu ponto de vista.
Um jovem casal, Lisa e John, mudou-se para um novo bairro. Certa manhã, enquanto tomavam o desjejum, Lisa olhou pela janela e viu a vizinha do lado pendurando a roupa que tinha lavado.
“Aquela roupa não está limpa!” exclamou Lisa. “Nossa vizinha não sabe lavar roupas direito!”
John deu uma olhada, mas não disse nada.
Toda vez que a vizinha pendurava a roupa lavada, Lisa repetia seu comentário.
Algumas semanas depois, Lisa ficou surpresa ao ver pela janela as roupas lavadas da vizinha, bonitas e bem limpas.
Ela então disse ao marido: “Olhe, John, ela finalmente aprendeu a lavar direito! Como será que conseguiu?”
John respondeu: “Bem, querida, eu sei a resposta. Talvez seja bom saber que levantei cedo, hoje, e lavei os vidros das nossas janelas!”
Esta noite, gostaria de compartilhar com vocês algumas ideias sobre como enxergamos os outros. Será que estamos olhando através de vidros que precisam ser limpos? Estaremos fazendo julgamentos sem conhecer todos os fatos? O que enxergamos, ao olhar para os outros? Que julgamentos fazemos deles?
O Senhor disse: “Não julgueis”.
Esta noite, gostaria de compartilhar com vocês algumas ideias sobre como enxergamos os outros. Será que estamos olhando através de vidros que precisam ser limpos? Estaremos fazendo julgamentos sem conhecer todos os fatos? O que enxergamos, ao olhar para os outros? Que julgamentos fazemos deles?
O Senhor disse: “Não julgueis”.
E continuou: “E por que reparas tu no argueiro que está no olho de teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?” Ou, parafraseando, por que reparas naquilo que pensas ser a roupa suja do teu próximo, mas não percebes a imundície nos vidros da tua casa?
Nenhum de nós é perfeito. Não conheço ninguém que declare sê-lo.
No entanto, por alguma razão, apesar de nossas imperfeições, temos a tendência de apontar os erros dos outros.
Julgamos as pessoas tanto pelo que fazem como pelo que deixam de fazer.
Não há como conhecer o coração, as intenções ou as circunstâncias de outra pessoa, que talvez diga ou faça algo que consideremos motivo de crítica. Por isso, há o mandamento: “Não julgueis”.
Nenhum de nós é perfeito. Não conheço ninguém que declare sê-lo.
No entanto, por alguma razão, apesar de nossas imperfeições, temos a tendência de apontar os erros dos outros.
Julgamos as pessoas tanto pelo que fazem como pelo que deixam de fazer.
Não há como conhecer o coração, as intenções ou as circunstâncias de outra pessoa, que talvez diga ou faça algo que consideremos motivo de crítica. Por isso, há o mandamento: “Não julgueis”.
(...) Não só nos sentimos inclinados a julgar os atos e as palavras dos outros, mas também muitos de nós julgam a aparência — as roupas, o penteado, o tamanho — a lista é enorme.
Um caso clássico de julgar a aparência foi publicado em uma revista de circulação nacional há muitos anos. É uma história verídica — que talvez já conheçam, mas que vale a pena repetir.
Uma mulher chamada Mary Bartels morava bem em frente à entrada da clínica de um hospital. A família morava no térreo, e ela alugava os cômodos de cima para pacientes ambulatoriais da clínica.
Certa noite, um homem de aparência horrível bateu à porta e perguntou se havia um quarto onde poderia passar a noite. Ele era corcunda, cheio de rugas, e tinha o rosto torcido por um inchaço avermelhado e em carne viva.
Ele disse que estivera procurando um quarto desde o meio-dia, mas sem sucesso. “Acho que é por causa da minha aparência”, disse. “Sei que é horrível, mas o médico disse que ela pode melhorar, depois de alguns tratamentos.” Ele sugeriu que ficaria feliz de dormir na cadeira de balanço da varanda. Durante a conversa, Mary compreendeu que o pequeno corpo do pobre homem abrigava um coração enorme. Embora todos os quartos estivessem ocupados, ela pediu que ele esperasse até ela arranjar um lugar para ele dormir.
À noite, o marido de Mary armou uma cama de lona para o homem. De manhã, Mary viu que as roupas de cama estavam impecavelmente dobradas e ele estava na varanda. Recusou o desjejum, mas antes de partir, perguntou se poderia voltar no próximo tratamento. “Não vou incomodar”, prometeu ele. “Durmo bem até numa cadeira.” Mary garantiu-lhe que ele seria bem-vindo de novo.
Durante os vários anos do tratamento, ele se hospedou na casa de Mary. Era pescador, e sempre trazia de presente frutos do mar ou vegetais que ele mesmo cultivava. Em outras ocasiões, ele lhe enviava pacotes pelo correio.
Ao receber esses presentes tão gentis, Mary costumava lembrar-se do comentário de uma vizinha, depois que o velho curvado e desfigurado saiu da sua casa naquele primeiro dia.
“Você hospedou ontem aquele homem de aparência horrível? Eu me recusei a fazer isso. Você vai perder hóspedes, se continuar a hospedar gente assim.”
Mary sabia que talvez tivesse mesmo perdido um ou outro hóspede, mas pensou: “Ah, se pudessem pelo menos conhecê-lo, talvez pudessem ter suportado melhor as próprias enfermidades”.
Uma mulher chamada Mary Bartels morava bem em frente à entrada da clínica de um hospital. A família morava no térreo, e ela alugava os cômodos de cima para pacientes ambulatoriais da clínica.
Certa noite, um homem de aparência horrível bateu à porta e perguntou se havia um quarto onde poderia passar a noite. Ele era corcunda, cheio de rugas, e tinha o rosto torcido por um inchaço avermelhado e em carne viva.
Ele disse que estivera procurando um quarto desde o meio-dia, mas sem sucesso. “Acho que é por causa da minha aparência”, disse. “Sei que é horrível, mas o médico disse que ela pode melhorar, depois de alguns tratamentos.” Ele sugeriu que ficaria feliz de dormir na cadeira de balanço da varanda. Durante a conversa, Mary compreendeu que o pequeno corpo do pobre homem abrigava um coração enorme. Embora todos os quartos estivessem ocupados, ela pediu que ele esperasse até ela arranjar um lugar para ele dormir.
À noite, o marido de Mary armou uma cama de lona para o homem. De manhã, Mary viu que as roupas de cama estavam impecavelmente dobradas e ele estava na varanda. Recusou o desjejum, mas antes de partir, perguntou se poderia voltar no próximo tratamento. “Não vou incomodar”, prometeu ele. “Durmo bem até numa cadeira.” Mary garantiu-lhe que ele seria bem-vindo de novo.
Durante os vários anos do tratamento, ele se hospedou na casa de Mary. Era pescador, e sempre trazia de presente frutos do mar ou vegetais que ele mesmo cultivava. Em outras ocasiões, ele lhe enviava pacotes pelo correio.
Ao receber esses presentes tão gentis, Mary costumava lembrar-se do comentário de uma vizinha, depois que o velho curvado e desfigurado saiu da sua casa naquele primeiro dia.
“Você hospedou ontem aquele homem de aparência horrível? Eu me recusei a fazer isso. Você vai perder hóspedes, se continuar a hospedar gente assim.”
Mary sabia que talvez tivesse mesmo perdido um ou outro hóspede, mas pensou: “Ah, se pudessem pelo menos conhecê-lo, talvez pudessem ter suportado melhor as próprias enfermidades”.
(...) As aparências enganam e são uma medida falsa para se julgar alguém.
O Salvador admoestou: “Não julgueis segundo a aparência”.(João 7:24)
O Salvador admoestou: “Não julgueis segundo a aparência”.(João 7:24)
(...) Considero a caridade — ou o “puro amor de Cristo” — o oposto das críticas e do julgamento. Falando em caridade, não estou no momentopensando no auxílio aos que sofrem e que recebem a doação de nossos recursos. Isso, é claro, também é necessário e apropriado. Hoje ànoite, no entanto, tenho em mente a
caridade que se manifesta na tolerância que temos com os outros e na brandura com seus atos; no tipo de caridade que perdoa, no tipo de caridade que é paciente.
Tenho em mente a caridade que nos impele a sermos afáveis, compassivos e misericordiosos, não somente quando há doença, aflição e sofrimento, mas também por ocasião das fraquezas ou dos erros por parte de outros.
Há uma necessidade concreta do tipo de caridade que dá atenção àqueles que passam despercebidos, esperança aos que estão desanimados e ajuda aos que estão aflitos. A verdadeira caridade é o amor em ação.
A necessidade de caridade existe em todo lugar.
(...) Caridade é ter paciência com a pessoa que nos decepcionou; é resistir ao impulso de se ofender com facilidade. É aceitar fraquezas e limitações.
Tenho em mente a caridade que nos impele a sermos afáveis, compassivos e misericordiosos, não somente quando há doença, aflição e sofrimento, mas também por ocasião das fraquezas ou dos erros por parte de outros.
Há uma necessidade concreta do tipo de caridade que dá atenção àqueles que passam despercebidos, esperança aos que estão desanimados e ajuda aos que estão aflitos. A verdadeira caridade é o amor em ação.
A necessidade de caridade existe em todo lugar.
(...) Caridade é ter paciência com a pessoa que nos decepcionou; é resistir ao impulso de se ofender com facilidade. É aceitar fraquezas e limitações.
É aceitar as pessoas como elas realmente são. É enxergar, além da aparência física, os atributos que não se extinguirão com o tempo. É resistir ao impulso de categorizar as pessoas.
Em centenas de pequenos gestos, todas vocês vestem o manto da caridade.
A vida não é perfeita para nenhum de nós.
Em vez de sermos críticos e de julgarmos uns aos outros, que possamos ter o puro amor de Cristo por nossos companheiros nesta jornada da vida.
(...)
A caridade foi definida como “a espécie de amor mais sublime, nobre e forte”, o “puro amor de Cristo (…); e para todos os [todas as] que a possuírem, no último dia tudo estará bem”.
“A caridade nunca falha”. Que esse lema secular da Sociedade de Socorro, essa verdade eterna, possa guiá-las em tudo o que fizerem. Que ele permeie sua alma e seja expresso em todos os seus pensamentos e em todas as suas ações.
Em centenas de pequenos gestos, todas vocês vestem o manto da caridade.
A vida não é perfeita para nenhum de nós.
Em vez de sermos críticos e de julgarmos uns aos outros, que possamos ter o puro amor de Cristo por nossos companheiros nesta jornada da vida.
(...)
A caridade foi definida como “a espécie de amor mais sublime, nobre e forte”, o “puro amor de Cristo (…); e para todos os [todas as] que a possuírem, no último dia tudo estará bem”.
“A caridade nunca falha”. Que esse lema secular da Sociedade de Socorro, essa verdade eterna, possa guiá-las em tudo o que fizerem. Que ele permeie sua alma e seja expresso em todos os seus pensamentos e em todas as suas ações.
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